Sistema elétrico

DPS: o que é e para que serve?

Mão instalando um disjuntor em um painel elétrico, com fios coloridos organizados ao redor

O DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos) foi criado para proteger equipamentos eletrônicos e instalações elétricas contra surtos de tensão. O uso do item de segurança é recomendado pela NBR-5410 em sistemas elétricos de baixa tensão e em áreas com riscos de descargas atmosféricas. A seguir, conheça os principais tipos de DPS, saiba como eles funcionam e como escolher o mais adequado para cada instalação!

O que é um DPS? 

O Dispositivo de Proteção contra Surtos, mais conhecido como DPS, é um importante elemento de segurança utilizado em instalações elétricas residenciais e industriais.

Trata-se de um mecanismo desenvolvido para identificar e desviar tensões que surgem na rede elétrica, evitando que essas alterações cheguem às máquinas e causem danos diversos e irreversíveis, em muitos casos.

O DPS é um dispositivo imprescindível em ambientes domésticos e profissionais, especialmente onde há flutuações frequentes de energia e alto risco de sobretensão.

Para que serve um DPS? 

O DPS é utilizado para proteger máquinas, equipamentos, sistemas elétricos e eletrônicos de picos de tensão causados por falhas na rede elétrica, descargas atmosféricas, picos repentinos de tensão ou manobras de comutação. 

Esses problemas são chamados de surtos de energia e podem causar inúmeros prejuízos em aparelhos eletrônicos e na rede elétrica, incluindo queima de objetos e princípios de incêndio.

O DPS é voltado para a segurança do equipamento, mas a sua atuação também é importante na prevenção de acidentes envolvendo operadores de máquinas e demais pessoas que circulam pelo local.

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Como funciona um DPS? 

O DPS desempenha papéis importantes na segurança elétrica, sendo responsável pela detecção e desvio da sobretensão sofrida pela rede de energia. Conheça as etapas desse processo:

1. Monitoramento

Após instalado, o DPS acompanha continuamente toda a tensão elétrica que circula por ele. Durante esse monitoramento, o aparelho fica atento às variações que possam surgir de forma inesperada.

2. Identificação

Quando há alguma alteração na tensão elétrica que fuja do padrão estabelecido para a corrente de energia, o DPS identifica aquele desvio para intervir.

3. Ativação da proteção

A reação do DPS diante de uma elevação de tensão é rápida e eficiente. Em menos de um segundo, o aparelho sai do estado de isolação (alta resistência) e vai para o estado de condução (baixa resistência).

4. Desvio do problema

Ao chegar ao estado de condução, já com baixa resistência, o DPS desvia o excesso de corrente para o aterramento, evitando que a tensão entre em contato com os equipamentos eletroeletrônicos.

5. Relaxamento

Após concluir o seu trabalho, o DPS volta ao seu estado de tensão normal. Dependendo da intensidade e da quantidade da corrente desviada, o aparelho pode sofrer danos, exigindo reparo ou substituição. É importante ficar atento a esse detalhe e também à instalação, da qual depende a eficiência do aparelho.

Quais são os 3 tipos de DPS? 

Existem três tipos de DPS, com características estruturais e local de instalação diferentes. Conheça mais sobre esses modelos a seguir:

Tipo 1

O DPS tipo 1, comumente conhecido como DPS de proteção de raio, é utilizado no local de entrada de energia das edificações e sua principal função é proteger o imóvel da ação de raios, descarga atmosférica de grande impacto, com consequências extremas.

Essa versão do DPS é indicada para áreas urbanas e rurais, especialmente aquelas mais suscetíveis à ação de raios, fenômenos que afetam diretamente a corrente elétrica.

Tipo 2

O DPS tipo 2 deve ser instalado no quadro de distribuição de energia. A sua função é proteger os sistemas elétricos e os equipamentos contra a ação de surtos indiretos, incluindo raios que surgem nas proximidades e alterações na rede elétrica.

Também chamado de DPS contra surtos indiretos, o tipo 2 é mais apropriado para lidar com tensões de menor intensidade, em comparação com o modelo 1 do dispositivo.

Tipo 3

Por fim, o DPS tipo 3 deve ser fixado junto aos equipamentos que serão protegidos das variações de tensão. Ele evita que aparelhos sensíveis sofram danos causados pelas alterações na corrente elétrica. Embora esses surtos sejam de menor intensidade, eles podem causar prejuízos materiais e devem ser controlados.

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Como escolher os tipos de dispositivos contra surtos? 

O melhor DPS é aquele que atende às necessidades das instalações elétricas do local. A indicação, portanto, deve ser feita pelo profissional responsável pela criação e montagem do sistema elétrico do imóvel. Ao escolher o dispositivo, é fundamental observar alguns fatores importantes, como:

Tipo de instalação

O primeiro passo é saber o tipo da instalação elétrica do imóvel: monofásico, bifásico ou trifásico. Além disso, é preciso conhecer a tensão nominal ou tensão elétrica do sistema, representada pela voltagem.

A tensão nominal do DPS deve ser igual ou um pouco acima da tensão elétrica do ambiente para que ele não seja acionado de forma equivocada mesmo quando o sistema estiver operando normalmente.

Nível de proteção necessário

O nível de proteção do DPS depende da necessidade de cada edificação. Como vimos, edificações localizadas em áreas com descargas elétricas frequentes, isto é, com um grande número de raios, devem investir em um DPS tipo 1, que possui proteção máxima contra essas variações fortes e repentinas.

Já os equipamentos críticos, considerados mais sensíveis ou de grande importância para a empresa, devem recorrer ao DPS do tipo 3 para uma proteção mais direta e específica.

Local de instalação

O DPS pode ser instalado em três locais diferentes: na entrada da imóvel, no quadro de distribuição de energia e diretamente no aparelho ou em suas proximidades.

A escolha do local de instalação deve ser feita de acordo com o tipo de proteção desejado, característica que varia conforme a classificação do DPS vista no tópico anterior.

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Características técnicas do DPS

Além de observar os fatores acima, é importante ficar atento aos parâmetros técnicos apresentados pelo DPS e que devem estar de acordo com a norma que regula a sua utilização, a NBR 5410. Veja quais são os critérios:

Máxima tensão de operação contínua (Uc)

Define o valor máximo atingido pela rede elétrica sem a atuação do DPS. O número é definido pela Norma 5410 e o ideal é que o valor existente no dispositivo seja o mais próximo possível da recomendação legal.

Essa proximidade de valores é importante para impedir que as oscilações interfiram no desempenho do DPS e reduzam a sua durabilidade, exigindo a substituição precoce da peça.

Nível de proteção do DPS (Up)

Essa informação também está na NBR 5410 e pode ser definida como a pequena quantidade de tensão que surge nos terminais de observação quando o DPS entra em ação.

O valor do nível de proteção não pode ser maior do que a quantidade suportada pelo equipamento. Caso isso aconteça, invariavelmente o objeto sofrerá danos em sua estrutura.

Corrente nominal de descarga (In)

A corrente nominal deve dimensionar o dispositivo e orientá-lo na hora de desviar os surtos recebidos. Em regra, a corrente nominal do DPS deve estar abaixo de 5 kA por cada módulo, seja ele fase ou neutro. 

Corrente máxima de descarga (Imáx)

Esse é o valor máximo de descarga ao qual o DPS deve estar dimensionado para desviar os surtos que surgirem. 

O valor do Imáx é duas vezes o valor do In.

O DPS está presente no catálogo da Alkane. Os aparelhos foram desenvolvidos para atender a diferentes demandas de proteção e podem ser utilizados em inúmeras configurações distintas.

Eles possuem durabilidade, qualidade e alto desempenho, indispensáveis para proteger equipamentos, imóveis e sistemas elétricos de qualquer alteração interna ou externa.

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Quantos surtos um DPS suporta? 

De acordo com a NBR 5410, cada DPS deve ser capaz de desviar até 20 surtos com tensão abaixo da corrente nominal de descarga (In). No entanto, essa capacidade depende de vários fatores.

A vida útil de um Dispositivo de Proteção contra Surtos pode ser reduzida ou elevada de acordo com a corrente nominal suportada e conforme a intensidade do surto recebido e desviado.

É possível que, em um único surto de grandes proporções, o DPS sofra danos irreparáveis e precise ser substituído. 

Além disso, a qualidade de fabricação do dispositivo também interfere na sua durabilidade. Por isso, é fundamental optar por aparelhos desenvolvidos por fabricantes reconhecidos no mercado, que prezam pela excelência dos materiais usados na criação desses itens de proteção.

Outro fator que influencia na vida útil do DPS é a instalação do dispositivo, que deve ser feita por um profissional especialista nesta atividade.

Por fim, as condições do ambiente também podem interferir na longevidade do DPS. Excesso de calor e de umidade podem danificar qualquer equipamento, independente da sua robustez. 

Alkane: mais segurança para a sua edificação

O Dispositivo de Proteção contra Surtos é fundamental em sistemas e equipamentos elétricos. Além de prevenir acidentes, o aparelho também contribui para a durabilidade das instalações e das máquinas em uso.

Conheça os DPS que a Alkane disponibiliza em seu catálogo e leve mais qualidade e segurança para seu dia a dia.

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